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domingo, 28 de agosto de 2011

Paixão de infância: Concursos de Miss

     Tenho 35 anos, não nego. Se tem um problema de que não sofro (e olha que sou o problemático em pessoa) é com a idade. Aceito confortavelmente a passagem do tempo e tudo o que isso significa para mim, para o bem e para o mal.
     Por que comecei falando de minha idade? Porque vou falar de algo que me fascina desde os meus 5 anos, ou seja, há três décadas: concursos de Miss!
    
     Já sei que alguns vão falar: “mas é tão brega!”, outros: “mas isso ainda existe?” e tantas outras reações semelhantes, mas o fato é que eu AMO ver aquelas mulheres representando seus países (ou Estados, ou até mesmo cidades) num evento que a cada ano que passa perde prestígio no Brasil (justo aqui, um país com tanta mulher bonita!), mas que continua firme e forte em lugares como Venezuela, México, Porto Rico, Filipinas, Tailândia, e até mesmo os EUA. Para vocês terem uma ideia, na terra (ainda) de Hugo Chavez, uma final de Miss Venezuela e de Miss Universo é como uma final de Copa do Mundo aqui no Brasil. Não à toa o país é a atual grande potência dos concursos de beleza (pageants, em bom inglês), tendo sido nos últimos anos o país a ser batido pelos outros. Sim, existe uma Guerra Fria no mundo Miss também. Só para falar nos últimos anos, em 2008 e 2009 houve dobradinha Venezuelana (ou “Veneca”, como carinhosamente são chamadas essas misses pelos missólogos), com as lindas Dayana Mendoza e Stefanía Fernandéz.

Dayana Mendoza - Miss Universo 2008

Stefanía Fernandéz - Miss Universo 2009
    
     E o Brasil, onde fica nisso tudo? Bem, já foi bem melhor, é verdade. Nosso país já foi a “Venezuela” de hoje nos anos 50 e 60, principalmente. Hoje as meninas brasileiras querem ser a nova Gisele Bündchen, e não a Martha Rocha, Marta Vasconcelos ou Ieda Maria Vargas do século XXI. Por isso há tantas top models brasileiras dominando o mundo, e quase nenhuma Miss. Sou antiquado, nostálgico por natureza e por isso estou aqui, dedicando um post inteiro do meu blog a elas, as Misses que fizeram e fazem parte da minha história de vida, de certa forma.
Martha Rocha - Miss Brasil 1954 e vice Miss Universo por "famosas" 2 polegadas

       Ieda Maria Vargas - Miss Brasil e Miss Universo 1963

 Marta Vasconcelos - Miss Brasil e Miss Universo 1968
     Tenho saudades dos tempos em que os concursos de Miss eram apresentados por Silvio Santos nos anos 80. Na época das seletivas estaduais, todo domingo havia uma etapa classificatória dos concursos Miss Rio de Janeiro, Miss São Paulo e Miss Rio Grande do Sul. Não me perguntem por que justo esses três Estados. O que eu sei é que lá estava eu, toda tarde de domingo, vendo, torcendo, e esquecendo a vida dura daqueles tempos com os olhos grudados na tela da TV. Depois de escolhidas as representantes desses lugares, o Miss Brasil acontecia, com todos os Estados mais o DF lutando para eleger sua Miss como a mulher mais bela do país.
     Uma curiosidade, um tanto quanto triste, na minha opinião, é que até hoje, o Brasil – país tão conhecido por sua miscigenação e belezas tão variadas, cheio de negros e mestiços – só elegeu uma Miss negra, a linda Deise Nunes. E ela fez bonito no Miss Universo daquele ano, ficando entre as finalistas. Em 2011, por exemplo, não houve uma negra ou mulata sequer entre as 27 candidatas a Miss Brasil. Uma lástima!

Deise Nunes - Miss Brasil 1986

     Havia também o Miss Mundo, concurso que ainda existe e tenta dividir a atenção dos missólogos com o Miss Universo e alguns outros de menor porte (Miss Terra, Miss Beleza Internacional, entre outros), mas o fato é que o segundo é mais famoso, e hoje é de propriedade do Donald Trump, que deu uma renovada no evento. Dizem que das 15 semifinalistas da noite, Trump escolhe a dedo 5, nem sempre as mais bonitas e competitivas, geralmente motivado por algum interesse político/econômico com esses países, vai saber...mas o fato é que pelo menos ele não faz parte do júri e a partir daí o concurso parece ser um pouco mais isento.

     Em 2007 o Brasil voltou a dar “sinal de vida” no Miss Universo, com a estonteante Natália Guimarães, que ficou em segundo lugar, perdendo para a Miss Japão, infinitamente inferior à nossa mineira, o que até hoje revolta os brasileiros que acompanham os concursos de Miss.
Natália Guimarães - Miss Brasil 2007 e vice-Miss Universo, na "swimsuit competition"

Natália Guimarães, na "Evening gown competition"

O momento em que Natália Guimarães perde a coroa para a insossa Miss Japão no Miss Universo 2007

     O fato é que em 2011 eu estou para realizar meu grande sonho de criança: assistir ao vivo a um concurso de Miss Universo. E tudo começou no Miss Distrito Federal.
     Foi aqui no DF, onde atualmente moro, que tive a oportunidade de assistir ao concurso regional, que elegeu a bela, inteligente e encantadora Miss Cruzeiro, Alessandra Baldini. Não só me encantei por ela, mas passei a ser um verdadeiro entusiasta de sua eleição como Miss Brasil 2011. Fui a São Paulo com a cara e a coragem, sem convite para o Miss Brasil, mas tive uma das melhores experiências de minha vida. Conheci pessoalmente Baldini, fiz amizade com várias pessoas e me encantei igualmente por sua mãe. Quando ela soube que eu estava lá em São Paulo, em frente ao hotel que hospedava as candidatas, unicamente para torcer por sua filha, entendi definitivamente o que significa a expressão “mãe de Miss”. Imediatamente ficamos próximos, conversamos muito, testemunhei o amor incondicional de uma mulher por sua filha e me lembrei de uma frase que minha mãe me disse várias vezes ao longo da vida: “Quem beija meus filhos, minha boca adoça.”

Alessandra Baldini - a estonteante Miss Distrito Federal 2011
Alessandra Baldini com a coroa que deveria ser a do Miss Brasil 2011

     Sim, consegui o convite para o Miss Brasil. Sim, realizei meu sonho de criança (até então o mais perto do Miss Universo) e torci muito por uma menina doce e bela, que infelizmente não avançou o que merecia no concurso por questões que até agora não entendo. Ou entendo, mas prefiro não levar adiante. Enfim...

     Havia várias misses bonitas, e o nível do concurso tem aumentado a cada ano, demonstrando uma tentativa de se revitalizar aos olhos dos brasileiros. Mesmo com minha preferida escolhida com antecedência, havia algumas meninas que, se ganhassem o concurso no lugar da Alessandra, eu até aceitaria: Miss Mato Grosso, Miss Amazonas, Miss Santa Catarina, para citar algumas. Mas ganhou a Miss Rio Grande do Sul. Odiei o resultado!

     Qual o motivo da revolta? Não tenho nada contra o Rio Grande do Sul ou as gaúchas. Ao contrário, o Estado é maravilhoso; as mulheres, lindas. Deise Nunes, comentada acima, a única Miss Brasil negra, é gaúcha!!!! Mas elegerem uma mulher que havia posado nua e foi totalmente retrabalhada na base de plásticas reparadoras foi uma decepção só. Explico: uma das cláusulas dos concursos de Miss é que elas não podem posar nuas. Brega? Antiquado? Pode ser, mas é regra e deveria ser respeitada. E, o mais grave na minha opinião: onde está a beleza natural? Por que não valorizar as meninas que não se submetem a tudo quanto é procedimento estético (geralmente imposto por algum coordenador de concurso, que acredita ser o "dono" da Miss e poder fazer o que quiser com ela até ficar “linda” para os padrões dele). Um silicone nos seios eu até entendo e não reprovo, mas uma Miss (que até onde eu entendo, significa “senhorita” e, portanto, deve ser jovial) cheia de Metacril, preenchimento labial, extensões capilares etc...para mim está mais para uma neo-travesti que para uma Miss. Pois foi uma neo-travesti que ganhou o concurso este ano, e não uma das garotas realmente bonitas que concorriam naquela noite. Uma nota: nada contra travestis!
    
     Bom, o importante é que eu estive lá, torci muito pela Miss DF, tive minha torcida correspondida com muito carinho por parte da própria Alessandra  - e de sua simpaticíssima mãe -  e saí de lá com uma certeza: o próximo passo seria ir ao Miss Universo 2011.

     E não é que eu vou mesmo? Bom, essa história fica para um próximo post, já que o Miss Universo só acontece em 12 de Setembro. Até lá, posto sobre minhas favoritas e algumas outras curiosidades sobre o concurso.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Perfume do dia: Magnetism for Men - Escada

            Para minha primeira resenha de perfume, tive que seguir meu coração e elegi um de meus perfumes prediletos, senão o primeiro da lista. Trata-se de Magnetism for Men, de Escada.



Minha história com esse perfume começou há dois anos, assim que cheguei a Brasília. Na época, eu não conhecia praticamente ninguém, não tinha ainda amigos aqui e me sentia muito só, muitas vezes com uma vontade louca de voltar para o Rio. Nesses momentos de carência, acabamos por nos apegar a qualquer coisa que nos dê um mínimo de prazer, que funcione, até certo ponto, como uma fuga da realidade que estamos vivendo. Há quem acabe nas drogas, na bebida, no sexo...mas eu não fumo nem bebo, nunca quis “viajar” sem passaporte e cheguei aqui tão travado que até sair de casa (tirando a necessária saída para o trabalho) era um problema para mim. Ou seja: No sex! O que sobrou para mim? Comprar um perfume!

Bem...preciso confessar uma das inúmeras esquisitices que tenho: quando estou ansioso, insone e não sei o que fazer para dormir, dou uma borrifada de perfume (duas fragrâncias diferentes, uma em cada punho), deito e de vez em quando fico cheirando, cheirando...analisando qual das duas eu prefiro ...até dormir. E funciona! Adoro fazer isso com amostras que geralmente vêm na compra de algum frasco novo, porque geralmente não tenho ou não conheço a fragrância e é uma ótima forma de experimentar e verificar se entra ou não na coleção.

Pois bem, em um desses dias de tristeza misturada com solidão, entrei numa perfumaria de Brasília, fiquei por volta de uma hora na loja, conversei com as vendedoras, experimentei, experimentei, já estava fedendo de tanto perfume misturado na pele (aprendi a experimentar perfume depois dessa tragédia e darei dicas num próximo post), já estava ficando “zuzobeeeemmm” de tanto fungar grãos de café – outra paixão minha que aparecerá por aqui - até que eu o vi. E tudo mudou!

Estou falando do Magnetism for Men. Encantei-me pelo frasco e pela caixa, acreditem! O frasco, com linhas modernas e retas, de uma cor que eu comparo a vinho tinto, era diferente de tantos que tinha visto na perfumaria. A caixa, com um tom que acompanha a cor do frasco, é de uma luminosidade que nunca vi igual numa caixa de perfume masculino. É metálico, reflete a luz em feixes que me hipnotizaram. Mas o mais estranho (mais até que encantar-se por um perfume sem sentir seu cheiro) foi que o perfume estava praticamente escondido, um único frasco além do provador (chamado “Tester”).


Pensei em outra mania minha, de ver algo isolado, ainda que inanimado, e ter pena. Quando vi o perfume “sozinho” no meio de vários frascos de fragrâncias mais conhecidas e badaladas, me apaixonei por ele e quis simplesmente sentir aquela fragrância a qualquer custo. A reação da lojista ao ouvir meu pedido foi quase de “desdém”. Depois de mais de uma hora me mostrando todas as suas “armas com cheiro” para mim (algumas com a clara intenção de obter uma comissão maior, tamanha a ênfase com que ela tentava me convencer que aquele era o perfume ideal para mim - como se outra pessoa além de nós mesmos pudesse entender nossos gostos ) ela simplesmente me perguntou:

“Mas você quer sentir o cheiro justo desse?”

Eu respondi: “Sim, quero! Por que a surpresa?!”

Ela me disse simplesmente que ninguém nunca havia pedido para conhecer aquele perfume.

Eu perguntei: “mas você mostra ao cliente que esse perfume também existe e está aqui para ser vendido?”

A vendedora, um pouco constrangida, admite: “Não. Deveria, né?!”

“Sim, deveria. Muita gente entra sem saber que perfume quer, como eu agora, e sair daqui conhecendo apenas as opções óbvias talvez não ajude muito para quem quer conhecer algo que o arrebate, que o conquiste. Nem sempre o que todos usam é o que esse cliente procura. Pois eu quero experimentá-lo. Vai ser o último, eu prometo. Mas só decido depois de experimentá-lo também.”

Fui tão decidido na minha explicação que depois fiquei me perguntando se não havia sido um pouco duro ou arrogante com a vendedora. Quem me conhece sabe que arrogância não combina comigo.

Quando senti as notas que saíam do frasco, fui arrebatado ali mesmo. Magnetism for Men  era o perfume que eu estava esperando. Não...na verdade, era ele que estava esperando por mim. É o perfume mais diferente que tenho, não conheço uma fragrância que pareça com ele. E eu gosto tanto dele que só o uso em ocasiões que eu acho que mereçam. Ele é o xodó da minha coleção, não só porque foi o primeiro da minha coleção, mas porque ele “lutou” para ser meu.

Vou falar um pouco sobre suas características. Magnetism for Men é da família olfativa “Oriental amadeirado”. Acho que cabe, num post futuro, falar um pouco sobre as famílias olfativas. Por agora, vou me resumir a essa.

Segundo a Sepha, excelente loja brasileira virtual de perfumes, os perfumes da família dos orientais são “sofisticados, chiques e elegantes. Primam pela exuberância de notas quentes e picantes, como baunílha, canela e orquídeas”.  Ainda segundo a Sepha, os orientais amadeirados “primam pela exuberância de notas quentes e picantes misturadas à classe das notas amadeiradas.”

Dito isso, vamos à pirâmide olfativa do Magnetism for Men, de Escada.

Notas de Cabeça: Pimenta da Aroeira e Açafrão.

Notas de Coração: Cedro, Sândalo e Couro.

Notas de Fundo: Âmbar, Bálsamo de Tolu e Musk.

Ressalto que não é um perfume unânime. Ao contrário. Eu sou apaixonado por ele, mas perfume é uma das coisas mais pessoais que existem. Só posso garantir que dificilmente você passará despercebido ao usar a fragrância. Já tive a sorte de ser perguntado, por um colega, que perfume eu estava usando. Ele gostou tanto que perguntou se eu me importaria de ele comprar o Magnetism for Men também. Claro que eu não me importei, fiquei foi lisonjeado. O problema para ele seria outro: encontrar outro frasco em alguma perfumaria de Brasília.

Mais algumas informações: o perfume foi criado em 2004 pelo perfumista Michel Almairac, considerado um dos mestres perfumistas de fragrâncias masculinas. São também de criação dele perfumes famosos como Chrome Sport e Twin (ambos da Azzaro), Gucci pour Homme, Joop! Homme e Starwalker (de Mont Blanc). Fiquei impressionado quando descobri que alguns de meus preferidos são feitos por ele. Existe a versão feminina da fragrância, criada anteriormente, mas com notas bem diferentes.

As notas que se destacam são o Bálsamo de Tolu e o Couro. O primeiro é uma árvore de caule ereto, muito alta, com casca pardo-acinzentada, grossa e rugosa. Ficou conhecida devido ao porto colombiano de Tolú por onde era feita a sua maior exportação.


Já a nota de Couro usada em perfumaria, segundo o excelente site O Perfumístico, é “um aroma artificial, criado como um híbrido de flores e de pele. O couro genuíno, um material tratado pelo perfume, é um composto orgânico feito de peles de animais, que normalmente tem um cheiro desagradável. Hoje, a reprodução do cheiro de couro é conseguido através de aromas naturais derivados, bem como os sintetizados em laboratório.” Fabio Condé, criador do site e um dos maiores experts em perfume que conheço, diz que as notas de couro são usadas “em perfumes com um tom mais seco, para equilibrar e tornar a fragrância mais sóbria, mais fechada.”


Há quem diga que o perfume, especialmente nas notas de saída,  lembra a antiga Cherry Coke (uma versão da Coca-Cola com essência de cereja, lembram?). Infelizmente, para meu desespero, dizem que a fragrância foi descontinuada e é cada vez mais difícil encontrá-la nas perfumarias brasileiras, e mesmo fora do Brasil. Ou seja, me apaixonei por um perfume que pode ter data para me “abandonar”. Por essas e outras, Magnetism for Men, de Escada, é tão especial para mim.

Recomendo usá-lo à noite. Achei interessante a definição que um visitante do site Fragrantica deu para o perfume: “it's a liquid spell in a bottle” (algo como “é um feitiço líquido em um frasco”). Eu não posso discordar!

As notas de um perfume

            Antes de minha primeira resenha sobre uma fragrância (escolhida por razões afetivas, já vou adiantando), decidi fazer um breve comentário sobre algo que julgo muito importante para quem gosta e quer conhecer um pouco mais de perfumes, seu uso e como se dá a “mágica” do perfume em nossa pele.
           Todo perfume é formado por um conjunto de notas (essências) que se dividem em três grupos, formando uma pirâmide.



As notas de Cabeça – ou de Saída – são as mais voláteis, que evaporam mais rapidamente. Quando você abre o frasco, são as notas que sente na hora, responsáveis pela primeira impressão do perfume. Por serem notas leves, não duram mais do que 10 minutos na pele (alguns acreditam que até 30 minutos ainda é possível senti-las).


As notas de Coração -  ou de Corpo - são os próximos aromas a serem percebidos. São, na verdade, a “alma do perfume”, as notas que definem a sua personalidade. Podem durar até 4 horas na pele.




As notas de Fundo são as últimas que sentimos de um perfume, porque são as da base da composição. São os aromas mais fortes e consistentes. Em geral, são sentidas após uma hora do uso e depois de um bom tempo são elas que se evidenciam, podendo perdurar na pele até o dia seguinte.

O primeiro erro que uma pessoa comete (e acreditem, já cometi muitas vezes, por inexperiência) é escolher o perfume pelas notas de saída, sentindo o perfume assim que ele é posto na pele. É necessário deixar passar um tempo após a aplicação para sentir o perfume "se abrir". Esse tempo deve ser entre 15 e 30 minutos, porque então o perfume se revela como ele realmente vai ficar em sua pele.
Dito isso, acho que já posso postar sobre meu primeiro perfume (do blog e da minha coleção).
E relembrando uma frase que pus no Twitter dia desses para um amigo de Goiânia: “Me dê Jequiti, mas não me dê AVON!”.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Primeiro trauma de infância: AVON


     Opa! Segundo post de meu blog prematuro. Digo prematuro porque nem consegui criar o layout dele ainda (sou péssimo com essas ferramentas de formatação, estou apanhando mais que os personagens gays do Gilberto Braga). Mas um dia eu chego lá. Aliás, se alguém quiser me ajudar, seja bem-vindo.
     Como a ideia principal daqui é falar de perfumes, café, etc, acho que o melhor que faço é escrever sobre, não é mesmo?! Então, lá vamos nós!
     Sou apaixonado por perfumes há muito, muito tempo, mas não me dava conta disso. Tive uma infância difícil, cheia de privações por motivos financeiros. Minha mãe, exemplo da máxima preconceituosa  “Pobre, porém limpinha”, sempre fez o que pôde para me manter limpo e cheiroso. Bom, limpo eu sempre fui, mas o “cheiroso” significava usar Timeless, Toque de Amor, Charisma. Sim, eu cresci usando perfumes AVON. E hoje tenho PAVOR dessa marca, no que diz respeito a fragrâncias. Não consigo sentir o cheiro desses perfumes hoje.  Se vejo um frasco Mini Cristal começo a ter coceira e só me vêm a mente os nomes “populares” desses cheiros: Timeless era dito assim mesmo, com som de I. 


     Quando descobri que existiam as fragrâncias importadas, realmente boas, eu pensei: “opa, será que um dia vou poder usar um desses?”
     Deixo bem claro uma coisa: gosto muito de alguns perfumes da Natura, de O Boticário, Água de Cheiro. Meu problema sempre foi com a AVON, por razões de trauma de infância mesmo. Nem adianta me dizerem que hoje há fragrâncias boas, assinadas por nomes internacionais. Eu travo, simples assim! 


     Bom, o tempo passou, Deus tem sido Magnânimo comigo, em todos os sentidos, e hoje eu continuo o mesmo menino gonçalense (sim, nasci em São Gonçalo - RJ, terra do Palhaço Carequinha – tema de outro post, prometo!), mas morando em Brasília, cidade que a cada dia que passa aprendo mais a amar. E dos frasquinhos “mini cristal” da Avon hoje eu tenho, contabilizados, 46 perfumes, sem contar com as miniaturas e amostras. É um de meus vícios, compro revistas sobre o assunto, tento entender as famílias olfativas, adoro recomendar perfumes para os amigos, de acordo com o estilo e o olfato de cada um. Sou totalmente inexperiente no assunto, entendam. Ajo por intuição, e não por técnica. Tenho muita vontade de estudar, me aprofundar no assunto, mas isso não faz diferença para mim. Sinto um perfume, gosto dele, compro (se o dinheiro permitir, é claro!) e sigo feliz. Anotem, então este nome: Magnetism, de Escada. Será tema do meu próximo post. Por enquanto é isso! 

     Ah, sim: sou daqueles que deveriam ter uma camisa com dizeres: “Não sei tuitar”. Não consigo ser telegráfico em nada que falo ou escrevo. Chego a ser prolixo, de tão analítico que sou ao escrever. Prefiro pecar por excesso a pecar por falta. Uma pessoa muito próxima chega a dizer, quando começo a contar uma história: “Desenvolve, Rogério, desenvolve!”. Não é mesmo, Fábio?! Rs

Primeira postagem

Pois é! Depois de tanto relutar, finalmente decidi e criei meu Blog. Tentarei, em algumas linhas,  jogar todo meu amor nos textos que pretendo publicar, nas opiniões que almejo dividir, nas paixões que preciso extravazar. Amo perfumes, café, livros, e algumas cositas mais. Quem me conhece já sabe do que falo, mas mesmo esses amigos estão convidados a conhecer um pouco mais de mim, para o bem e para o mal. Enfim, poderia falar de mil coisas nesse primeiro post, mas dessa forma um Blog não faria muito sentido. Então, como um verdadeiro tratamento homeopático, postarei aos poucos, desvendando, não para quem me lê, e sim para quem vos escreve, essa mistura de simples e complicado, com uma pitada de neurótico, que se chama Rogério. Espero escrever muito sobre o que gosto (e gosto de tanta coisa: perfumes, café, livros, Madonna, heroínas da TV dos anos 80, concursos de Miss, blá, blá, blá...) e um pouco sobre o que não gosto também. E assim caminharei rumo ao auto-conhecimento...ou ao abismo. O que vier primeiro. Sejam bem-vindos. Não sou uma pessoa barata, sou de graça mesmo!